O ônibus do Jardim do Amanda

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Como não lembrar. O saquinho pé e a poeira dentro do ônibus

Era sim, pelo menos no meu tempo. Para chegar ao Jardim Amanda saindo de ônibus de Campinas, o indivíduo tinha que ir até a Rua Saldanha Marinho com Dr Mascarenhas, e lá, subir ou no Amanda I ou no Amanda II. O ônibus era uma jardineira; valente que desbravava poeira e lama Amanda adentro.

Tempos depois, o ponto de ônibus foi transferido para a praça Marechal Floriano Peixoto, em frente ao Estação Fepasa. Ficou ali por um bom tempo até ser transferido definitivamente para o Terminal Metropolitano Magalhaes Teixeira, ao lado da Rodoviária Ramos de Azevedo.

Já para quem se dirigia a Campinas, repito, no meu tempo, início da década de 90, o morador já dispunha da linha 1 e 2. A lembrança de quem morava lá no alto do Amanda II era identificar a chagada do ônibus. A poeira subia tão alto que parecia fumaça de fogueira comunicando algum evento.

O ponto final das duas linhas era na Avenida 3, atualmente Avenida Cora Coralina, em frente a uma antiga padaria que abastecia grande parte do Amanda II naquele tempo. Era também um botequim. Se tratava de um ponto de apoio de motoristas e cobradores.

Muito antes disso, porém, para não passar em branco. Quando os moradores ainda não tinham conquistado o direito ao transporte público minimamente digno, eles tinham que usar o ônibus Resende que ia para Monte Mor.


Enfim, a poeira e o barro marcam a memória de quem usava diariamente o busão nos idos dos anos 80 e 90, quer do Resende, quer do Jardim Amanda I e II mais tarde.


Para quem usufrui hoje em dia um transporte com ar condicionado e fracionado no Jardim Amanda, não sabe o que era percorrer um ou dois quilômetros até a rodovia para usar o transporte público. E pior, naquelas jardineiras velhas com goteiras em dias de chuva e poeira do tempo seco daquelas paragens em transformação.

Pois é! Quem te viu e que te vê Jardim Amanda, nossa quebrada. Hoje dia não tem mais busão e a caminhada é motorizada agora. Inté.

Foto de Capa

Foto Renato Figueiredo. Ponto final do ônibus

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