Brasil de Fato. Professor titular da UFGM, João Furtado destaca como vida do herói nacional foi ‘apropriada’ pela historiografia
Joaquim José da Silva Xavier, o popular Tiradentes, morreu em 21 de abril de 1792 e de lá pra cá sua história é contada, recontada e muitas vezes alterada.
“Tiradentes foi apropriado pela história. Uma coisa é o personagem histórico, mas ele foi sendo progressivamente manipulado pela história”, defende o pesquisador João Furtado, professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em entrevista ao Conversa Bem Viver desta segunda-feira (21).
Pela historiografia tradicional, Tiradentes foi um dos líderes da Inconfidência Mineira, movimento liderado por um grupo de intelectuais, padres e detentores de patentes militares de Vila Rica (hoje Ouro Preto) que começaram a pensar em uma revolta contra a coroa portuguesa, no final do século 18.
Furtado destaca que, desde a época do Império, a Inconfidência Mineira já era exaltada como um importante movimento pela independência do Brasil. Mas é no período republicano que Tiradentes, de fato, ganha o status de herói.
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